Varejo de veículos novos continua em retração apesar de extinto o furacão da crise

Em Economia
05/11/2017 07:11:27

Vinícius Bruno ? Especial para o FocoCidade

Se para alguns setores da economia, a crise econômica já é uma questão superada, para o varejo de veículos zero km a falta de crédito para o consumidor de médio rendimento ainda é uma realidade angustiante. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revelam que os nove primeiros meses de 2017 somaram uma venda 7,98% menor de veículos novos em Mato Grosso, se comparado com igual período do ano anterior, baixando de 57,437 mil para 52,852 mil unidades, entre um ano e outro.

Apesar da persistente queda, o índice negativo no saldo do varejo de veículos novos este ainda está menor que em 2016, quando a queda nas vendas no comparativo de acumulados do ano situava-se acima dos 20% de retração.

As estratégias das montadoras e das concessionárias têm sido pontuais para combater essa retração do mercado, principalmente com o lançamento de modelos de entrada que atinjam a classe média, e com modelos intermediários com maior tecnologia embarcada que consegue atender um público menos afetado pela crise econômica, mas que também não esteja em condições de realizar altos investimentos em modelos de luxo.

Neste jogo de perspectiva e realidade, nem mesmo o setor de motos, popularmente o que possui mais demanda escapa dos efeitos da recessão. Em Mato Grosso, foram comercializadas 22,394 mil motos entre janeiro e setembro, 13,30% menos que em igual período de 2016, quando foram 25,828 mil unidades vendidas.

Na contramão do mercado, e contrariando expectativas negativas do próprio setor, a venda de caminhões é o único setor que apresentou aumento nas vendas este ano, se comparado com o ano anterior, passando de 939 unidades nos nove primeiros meses de 2016 para 1,279 mil veículos em igual período de 2017, um aumento de 36,21%. Especialistas apontam que a justificativa para este ponto fora da curva é o sucesso da safra colhida no ciclo produtivo 2016/2017, já encerrado, considerada a maior safra da história de Mato Grosso.