Sonia Fiori - FocoCidade
A delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) envolvendo políticos, autoridades e empresários, provoca reação não apenas da população que está indignada, mas também de militantes que viram nas cenas do “filme da corrupção” esmagados os ideais partidários pelo peso da suposta participação de seus correligionários.
É o caso do advogado e militante político, Paulo Lemos que comunica renúncia ao cargo de secretário de Formação Política e sua desfiliação dos quadros do PSB, partido que teve muitos nomes listados na delação do ex-gestor de Mato Grosso, como o próprio presidente, deputado federal Valtenir Pereira. Silval acusa o parlamentar de ter “pedido” propina e o deputado federal nega, assinalando ser mentirosa a citação do peemedebista.
O sentimento de repulsa de Lemos, que defende os preceitos éticos, está descrito em documento distribuído na rede social. “Pessoal, mantendo coerência com a conduta que tenho de dar publicidade aos atos que pratico na vida pública, sirvo-me deste para comunicar minha renúncia ao cargo de secretário de formação política na Executiva Estadual do Partido Socialista Brasileiro de Mato Grosso (PSB/MT), bem como a desfiliação da referida agremiação partidária, conforme já devidamente dada ciência à Justiça Eleitoral e à Presidência regional da aludida sigla.”
O advogado classifica como “patifaria” os elementos narrados pelo ex-governador. “Ademais, diante de tanta patifaria que passou a inundar os telejornais e outros meios de comunicação, motivo de ojeriza e perplexidade da população, cheguei à conclusão que para manter o máximo de isenção e objetividade possíveis no acompanhamento e avaliação dos fatos, versões e desdobramentos, seria momentaneamente conveniente ficar sem filiação alguma, para não sofrer e ser influenciado por passionalidade indevida e descabida.”
Em outro trecho do comunicado, Lemos assinala a grave seara das acusações. “E assim farei até a desanuviação e elucidação dos inúmeros eventos delitivos noticiados na imprensa estadual e nacional, inclusive, sem fazer juízo de mérito precipitado, sobretudo contra quem não há provas retumbantes, inconcussas e robustas, pelo menos até aqui, o que, no entanto, não é o caso daquela parcela de agentes políticos que foi flagrada em imagem e sonorização, recebendo propina quase que a céu aberto e em praça pública.”
Ele finaliza o documento destacando que “minha mensagem final é a de que, independente da condição político-partidária de cada um, não desistamos do Brasil; continuemos resistindo e lutando por um Mundo melhor, para nós e para os nossos filhos. Deus abençoe a todos e inspire-nos e encoraje-nos ao bom combate, até a vitória, sempre!”
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