Da Redação - FocoCidade
Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reagiu mais uma vez às informações que o colocam no centro da delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Em nota, na tarde desta sexta-feira (25), Maggi responde ao contexto da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, conforme reportagem do G1, destacando autorização para abertura de um inquérito para apurar a existência de organização criminosa no alto escalão do Estado entre 2006 e 2014.
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot considera no pedido de abertura de inquérito, conforme o G1, que "entre os agentes políticos, destaca-se a figura de Blairo Maggi, o qual exercia incontestavelmente a função de liderança mais proeminente na organização criminosa, embora se possa afirmar que outros personagens tinham também sua parcela de comando no grupo, entre eles o próprio Silval Barbosa e José Geraldo Riva”.
Maggi repudia a declaração de Janot. “Repudio ainda a afirmação de que comandei ou organizei esquemas criminosos em Mato Grosso. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas.”
O ministro assinala que nunca autorizou atos ilícitos e que jamais tentou obstruir a Justiça. Acentua que não houve pagamentos feitos ou autorizações ao ex-secretário Éder Moraes “para acobertar qualquer ato”.
Confira a nota na íntegra:
“Deixo claro, desde já, que causa estranheza e indignação que acordos de colaboração unilaterais coloquem em dúvida a credibilidade e a imagem de figuras públicas que tenham exercido com retidão, cargos na administração pública. Mesmo assim, diante dos questionamentos, vimos a público prestar os seguintes esclarecimentos:
1. Nunca houve ação, minha ou por mim autorizada, para agir de forma ilícita dentro das ações de Governo ou para obstruir a justiça. Jamais vou aceitar qualquer ação para que haja "mudanças de versões" em depoimentos de investigados. Tenho total interesse na apuração da verdade. Qualquer afirmação contrária a isso é mentirosa, leviana e criminosa.
2. Também não houve pagamentos feitos ou autorizados por mim, ao então secretário Eder Moraes, para acobertar qualquer ato. Por não ter ocorrido isto, Silva Barbosa mentiu ao afirmar que fiz tais pagamentos em dinheiro ao Eder Moraes.
3. Repudio ainda a afirmação de que comandei ou organizei esquemas criminosos em Mato Grosso. Jamais utilizei de meios ilícitos na minha vida pública ou nas minhas empresas.
4. Sempre respeitei o papel constitucional das Instituições e como governador, pautei a relação harmônica entre os poderes sobre os pilares do respeito à coisa pública e à ética institucional.
5. Por fim, entendo ser lamentável os ataques à minha reputação, mas recebo com tranquilidade a notícia da abertura de inquérito, pois será o momento oportuno para apresentação de defesa e, assim, restabelecer a verdade, pois definitivamente acredito na Justiça.”
Blairo Maggi


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