• Cuiabá, 23 de Agosto - 2025 00:00:00

'O país não pode mais ficar sujeito às loucuras de Brasília', assevera Menezes


No contexto tumultuado da votação na Câmara Federal que assegurou a permanência no comando do país ao presidente Michel Temer (PMDB), ganharam os dois lados. Mas o mais importante: "abre-se viés para um novo momento em que a economia pode se descolar de Brasília e de seus solavancos". 

Esse cenário é exposto pelo professor e analista político, Alfredo da Mota Menezes, ao considerar as nuances do quadro entre os que apoiam e os que são oposição ao peemedebista.   

“Os dois lados ganharam. Os que votaram a favor do Temer obviamente. E os que votaram contra queriam que ele ficasse sangrando no governo. Fica bom para a oposição”, assinala.

É nesse viés que, na opinião de Menezes, a crise atual abre caminho para um novo Brasil. “Porém, o mais importante é que a atual crise, que vem desde a Dilma, pode criar um Brasil novo e diferente. A economia começa a dar sinais de recuperação. Talvez a economia consiga descolar de Brasília e seus solavancos”, observa.

O analista político pondera ainda que “não podemos mais ficar sujeitos às loucuras de Brasília. Outros países conseguiram isso. Por que não o Brasil? Este é um momento histórico por isso”.

A Revista Veja, em sua edição neste fim de semana, pontua na reportagem “Refém da própria conquista”, que “foi uma cabal demonstração de força de Temer, mas a vitória representou a consagração do fisiologismo, do balcão de negócios e da má política como instrumentos para garantir a chamada governabilidade”.

Acentuou ainda a publicação que “Temer continua presidente porque liberou emendas parlamentares, distribuiu cargos e acolheu lobbies de bancadas poderosas, como a ruralista”.

Votação

A Câmara aprovou na quarta-feira (2) o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), pela rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer da Procuradoria Geral da República, por crime de corrupção passiva.

Dos 492 presentes em Plenário, 263 se aliaram a Temer, e 227 se posicionaram contra. Foram 19 ausências e duas abstenções.




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