Da Redação - FocoCidade
O atendimento do plano MT Saúde está suspenso a partir desta sexta-feira (30) no hospital Santa Rosa, sendo mantidos serviços de urgência e emergência. O Grupo Santa Rosa informa que a decisão ocorre em razão de atrasos no pagamento à unidade hospitalar.
O Governo do Estado assinala, por meio de nota, as dificuldades de fluxo financeiro no caixa público, destacando o esforço para resolver as pendências.
Presidente do MT Saúde, Maurélio Ribeiro, disse que está buscando meios de assegurar o imediato retorno do pleno atendimento do MT Saúde.
O Grupo Santa Rosa observa que “em respeito aos usuários e pacientes, o Grupo Santa Rosa lamenta profundamente a interrupção dos serviços e aguarda por seu reestabelecimento o mais breve possível. A unidade aproveita para reforçar sua dedicação na busca do melhor atendimento, sempre priorizando o bem estar de seus usuários”.
O Governo pontua que “tem feito esforços para corrigir o equilíbrio econômico-financeiro do plano de saúde dos servidores públicos, o Mato Grosso Saúde. Diante das dificuldades de caixa enfrentadas nos últimos meses, o Governo, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), trabalha em um grande plano para a quitação de débitos com a finalidade de garantir a permanência de todos os atendimentos”.
Destaca ainda que “o Governo do Estado ressalta o compromisso com os hospitais e clínicas médicas credenciadas ao Mato Grosso Saúde e destaca o empenho da gestão em fazer a quitação dos débitos em atraso para a continuidade dos atendimentos”.
MT Saúde
Criado na gestão do ex-governador Blairo Maggi, o MT Saúde, plano de saúde dos servidores públicos do Estado, conseguiu imprimir atendimento de qualidade no período, em hospitais, laboratórios e rede de serviços no setor.
Na gestão do ex-governador Silval Barbosa, houve desmonte do MT Saúde, com sustentação de ilegalidade do sistema e aval do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A “ilegalidade” foi levada por terra, com defesa na Assembleia Legislativa do então deputado Emanuel Pinheiro, atual prefeito de Cuiabá, da constitucionalidade do plano. À época, Pinheiro conseguiu ampliar apoio no Legislativo, com aval de outros parlamentares. Na batalha, venceu a vigência do plano que atendia em média 24 mil pessoas em Mato Grosso.
O MT Saúde é subsidiado pelo Estado. No Governo Pedro Taques, atendendo apelo de servidores, é mantido o plano de saúde. A crise financeira atingiu em cheio os cofres públicos e de quebra, a saúde.
O MT Saúde, que já foi alvo de CPI na Assembleia Legislativa relativa à gestão Silval Barbosa, vem ao longo dos últimos anos buscando meios para resgatar o pleno atendimento. Na administração Carlos Brito, foi apresentado levantamento de dívida que chegava a R$ 45 milhões, sendo quitada em 94%, segundo o ex-presidente.
Maurélio Ribeiro ressalta que o aperto de cinto nos cofres públicos é um desafio para a equipe econômica, que estaria buscando vias para resguardar o atendimento e restabelecer os serviços na rede.
Na nota, o Estado dá o sinal de alerta para as dificuldades orçamentárias, mas não pontua prazo para realizar o pagamento da dívida junto ao Grupo Santa Rosa.
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