Da Redação - FocoCidade
Os municípios de Mato Grosso contarão com R$ 90,8 milhões a mais nos caixas das gestões. Isso porque em sessão conjunta do Congresso Nacional realizada na noite da terça-feira (30), os parlamentares derrubaram os trechos vetados pelo governo federal da Lei da Reforma do Imposto sobre Serviços - ISS (Lei Complementar 157/2016), que estabelece uma nova redistribuição do valor arrecadado com o tributo entre os municípios.
Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis somam R$ 38,8 milhões a mais no bolo a ser arrecadado. A Capital mato-grossense contabilizará, conforme estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), R$ 24,3 milhões; Várzea Grande, R$ 6,7 milhões e Rondonópolis, R$ 7,7 milhões. Municípios polo como Sinop e Sorriso contabilizarão ganhos de R$ 5,2 milhões e R$ 4,7 milhões respectivamente.
Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), na presidência de Neurilan Fraga, destaca a importância da conquista. "Participamos de várias mobilizações nacionais para reivindicar apoio dos parlamentares e do governo federal para a derrubada desse veto. Nos reunimos, também, com o presidente Michel Temer no início de maio para apresentar essa demanda e tratamos sobre o tema na Marcha a Brasília, que ocorreu há poucos dias, com a presença de dezenas de prefeitos mato-grossenses”, assinalou.
A derrubada do veto permitirá uma redistribuição anual de cerca de R$ 6 bilhões aos municípios brasileiros. Aproximadamente R$ 2,87 bilhões serão repassados aos municípios onde o tomador do serviço está estabelecido, nesse caso onde estão localizados os restaurantes, farmácias, postos de gasolina, etc. Isto no caso dos serviços de administração de cartões de crédito e débito.
No caso do leasing serão cerca de R$ 2,6 bilhões distribuídos. Antes, esse recurso ficava nas mãos de apenas 35 municípios. E, no caso dos planos de saúde, mais de 2 mil municípios com estabelecimentos de saúde que atendem por planos e convênios, conforme dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), passarão a receber o ISS dessa operação. Da forma que estava, apenas 370 municípios recebiam tal receita.
Se o veto não fosse derrubado, a forma de distribuição dos recursos arrecadados com o imposto continuaria como está: 63% das receitas do ISS ficam nas mãos dos citados 35 municípios; cerca de 100 municípios respondem por 78% de todo o montante arrecadado com tributo do país. A título de exemplo, em 2016, cerca de 75% da arrecadação do ISS ficou concentrada para poucos municípios da região Sudeste do país.
A derrubada do veto garante, assim, a desconcentração de receitas, o que acarreta em repartição de receitas entre os municípios; aumento das receitas próprias; estimulo à economia local, possibilitando os investimentos em políticas públicas locais; e justiça fiscal. (Com assessoria)
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