• Cuiabá, 16 de Setembro - 00:00:00

E agora José Pedro Pedro Taques?


Valdir Barranco

E agora, José Pedro Taques?
E agora, José?
a farra acabou,
a Luz se acendeu,
o povo acordou,
a verdade se revelou,
a prepotência enojou,

E agora, José?
e agora, você?
você que altera nomes,
que zomba dos outros,
que cassa direitos,
que foge ao diálogo,
que não aceita protesto,
e agora, José?
 
Está  sem apoio,
está sem discurso,
está sem caminho,
não queres ceder,
a verdade contar,
já podes escutar,
prosseguir já não pode,
o domingo chegou,
a noite já veio,
o fantástico escrachou,
o riso não veio,
veio a grampotopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
o odor impregnou,
e agora, José?
 
E agora, José?
Sua falsa moral,
sua gula palaciana,
sua soberba de ouro,
sua biblioteca de estratagemas,
sua cara polida,
sua palavra sem fé,
seus multirões de engodo,
sua incoerência ,
seu ódio cegante – e agora?
 
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe mais porta;
quer induzir no falar,
mas o falar secou;
quer imputar ao ex,
mas do ex não é mais.
José, e agora?
 
A estrada acabou,
a saúde debilitou,
a educação se afundou,
o esporte não há,
a agricultura familiar resiste, só,
a cultura num pranto,
o lazer é um lamento,
o turismo, sem evento,
mas você não acorda,
que sono profundo, José!!
 
Sozinho no escuro,
rodeado de muro,
ouvidos tapados, por fones,
confusão de vozes,
inimigos criados por mente sombria,
esperança transposta,
do lado de cá,
a esperança concorre,
pois o povo pra cá também corre,
e nós meus colegas,
a quem se apegar?
no povo que vota?
ou no governo que transgride, engana?
E agora, José?
José Pedro Taques, e agora?       

(Inspirado no poema E Agora José, de Carlos Drumont de Andrade)

                 
Valdir Barranco é deputado estadual pelo PT em Mato Grosso




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