Onofre Ribeiro
Em 2014 o Brasil começou a dar sinais de turbulências, mas ninguém os decifrou a tempo. Apesar dos sinais, Dilma Rousseff elegeu-se num Brasil dividido entre o vermelho das esquerdas e o azul das demais tendências. Mas no meio a população percebeu claramente que estava dividida entre o “nós e eles”. “Nós” era a esquerda. Bondosa, auto-intitulada gentil e preocupada com o social. “Eles” eram os demônios fora do circulo do “bem”, também auto-intitulado pela esquerda.
No discurso de posse Dilma vestiu-se de branco e acenou com a paz, ao lado de um Lula e outros líderes petistas vestidos de vermelho. Em quem acreditar? No primeiro dia do seu segundo mandato e 92 dias depois da eleição uma Dilma menos arrogante anunciou a agenda do caos que na campanha atribui ao adversário Aecio Neves. Estavam estabelecidos o caos econômico primeiro, o político depois e a crise da corrupção generalizada logo a seguir.
O governo acabava antes de recomeçar. Dali pra frente o paiís desceu uma longa rampa de decadência. Estavam encobertas debaixo do tapete uma enorme crise política, uma enorme crise fiscal, uma enorme crise na gestão pública, uma enorme crise entre os poderes, uma enorme vala de corrupção generalizada e a sensação de que o país estava afundando no mar profundo. Tudo com efeitos devastadores sobre a sociedade e sobre a economia.
O longo debate sobre o impeachment paralisou a já arruinada economia. No rastro as crises política na relação com o Congresso Nacional e depois com a absoluta falta de ética na condução dos negócios em torno do governo. No futuro quando a História escrever esse período certamente deixará envergonhados todos que viveram no período. A nação ficou de quatro.
Falar sobre o período de 2014 a 2017 é deprimente. Sensação de caos geral!
Na Alemanha pós-guerra, o governo preservou todos os campos de concentração nazistas onde morreram milhões de judeus. A idéia era a de que as gerações futuras precisariam conhecer os desatinos de uma época pra nunca mais se repetirem. A História terá que mostrar os dados que restarão. Certamente envergonharão as gerações futuras. Muitas mentiras, falsidades, corrupção, desmandos e a impunidade produzindo ridículos personagens e ridículas teorias sobre o nada!
E nós acreditamos neles!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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