• Cuiabá, 22 de Novembro - 00:00:00

?Anistia ao caixa 2 é balela de quem advoga em causa própria?, diz presidente do TRE


Sonia Fiori - FocoCidade

A instituição de novas ferramentas para combate à corrupção, ampliando consideravelmente os “agentes de fiscalização” traduzidos em milhares de cidadãos que denunciaram crimes eleitorais; mecanismos para assegurar maior eficiência dos serviços prestados pelo órgão; superação da meta de cadastramento biométrico no Estado e a celeridade de resultados encabeçam a lista de realizações na gestão da presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Maria Helena Póvoas.

Em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (10), a desembargadora que esteve à frente das Eleições 2016, pontua um olhar crítico sobre temas polêmicos como em relação ao caixa 2 de campanha.

Balanço

“Avançamos e tivemos alguns acidentes de percurso como em relação ao contingenciamento de orçamento, mas isso não nos atrapalhou. É claro, tivemos alguns abalos mas conseguimos contornar. Isso não teve repercussão negativa no sucesso das eleições. Nós tivemos o recadastramento eleitoral com o plus da biometria. Em outro cenário, trouxemos para o Tribunal um novo coração, que é o CPD, a área que movimenta e que faz as eleições se materializarem. Avançamos nas ferramentas, dentro do CPD, uma delas adotada depois pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral e que delegou como uma tarefa impositiva que foi o Pardal, essa ferramenta. Avançamos nessas ferramentas e aproximamos o TRE da sociedade e chamamos a sociedade para que viesse a somar conosco e a fiscalizar as eleições”.

Corrupção

“Eu acho que enquanto existir ser humano na face da Terra, a corrupção vai existir. O que nós precisamos não é bater no peito e dizer: olha eu vou dar cabo disso. Porque quem disser isso está falando uma tremenda bobagem. Nós não conseguimos as vezes nem educar os nossos próprios filhos dentro da nossa própria casa, como nós gostaríamos. A mesma coisa é a corrupção. A corrupção ela vai existir de forma endêmica. A nossa obrigação é criar mecanismos para combatê-la. Criar mecanismos para incomodar. Criar mecanismos para que a sociedade possa denunciar. Criar mecanismos para minimizar uma situação tão incômoda e que desequilibra as eleições”.

Crime eleitoral

É um fato e nós estamos vendo isso na grande imprensa nacional. Isso não é privilégio de Mato Grosso. Claro que aquilo que chega ao Judiciário e aquilo que as provas carreadas e trazidas ao Judiciário nós com certeza temos tomado providência. Agora, o caixa 2 nós também não podemos ser ingênuos de dizer que foi banido do cenário político. Não é bem assim. Nós estamos aí. O Congresso se movimentando no sentido talvez de fazer uma nova Reforma Política e espero que não advoguem em causa própria”.

Anistia ao caixa 2

“Acho que não tem que anistiar nada. Se é crime é crime. Se é crime tem que ser respondido. Como vai se anistiar se amanhã ou depois alguém cometer um homicídio. Aí vou anistiar o homicídio? O que é crime, é crime e tem que responder por isso. Então não tem que ter anistia do meu ponto de vista, coisa nenhuma. Isso é balela de quem está advogando em causa própria”.

Transparência / Pardal e CX 1

“O número que chegaram em denúncias através dos mecanismos disponibilizados à sociedade, foi volumoso. Claro que aí as  denúncias passaram pelo Ministério Público que por sua vez, fez a avaliação daquelas que vieram acompanhadas de provas. E só essas vingam”.

Desafios da próxima gestão

“O próximo gestor terá como desafio as Eleições de 2018. Nós temos obras em andamento nos cartórios eleitorais que deverão ser concluídas, tudo isso observado as licitações de cada obra. E a próxima gestão terá como desafio implementar essas gestões que vínhamos fazendo”.

Economia de recursos públicos

Contratos renegociados resultaram em economia de aproximadamente R$ 585 mil/ano. São contratos de manutenção de elevadores, aluguéis de prédios, prestação de serviços e outros.

Biometria

A gestão ultrapassou em quase 300% a meta estipulada para a biometria, que era cadastrar 100 mil eleitores em dois anos, contabilizando 635 mil eleitores.  

Próxima gestão

No próximo dia 14 de abril termina o biênio da gestão 2015/2017 do TRE de Mato Grosso, cuja diretoria é composta pelos desembargadores Maria Helena Póvoas (Presidente) e Luiz Ferreira da Silva (Vice-presidente e Corregedor). No próximo dia 17 de abril, às 10h, tomarão posse os desembargadores Márcio Vidal e Pedro Sakamoto.




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