Com 80% do Ministério já definido na cabeça do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, cujo mosaico se apresenta mais diverso, Lula começa a dar sinais de que boa parte dos históricos petistas não estarão tão expostos na linha de frente, exceto alguns como Haddad por exemplo.
Com o anúncio de que Gleisi Hoffmann não ocupará um ministério, nem Geraldo Alckmin e outros da cozinha do chefe, fica claro a sinalização de que para o novo Governo as iminências pardas serão luzes de alta intensidade nos bastidores fazendo o meio de campo e arredondando a bola política. Lula sabe fazer com maestria a política de bastidores como colchão de apoio e entrosamento entre os três Poderes e similares.
Algo me chamou a atenção em tudo isso, a chamada equipe de transição cuidadosamente composta, inchada, mas nesse contexto conseguiram montar todas as equipes nas mais diversas áreas. Isso é algo inédito do ponto de vista do novo modelo adotado segundo previsões legais com luzes sobre todo o trabalho desenvolvido, estão criando um verdadeiro acervo e mapeamento cirúrgico de cada setor nos mais diversos campos de atuação para os jurisdicionados do Estado brasileiro.
Penso que o novo Governo deveria manter todas as equipes que compõem a transição de alguma forma ativa, sob a coordenação de um comitê para que se torne um ponto de convergência consultivo e de todas as discussões que auxiliem o Governo e o conselho político.
Seria uma forma de ter mais olhos conhecedores dos reais problemas levantados e se os executores nas pontas finais estão cumprindo a expectativa e sendo proativos, a isso se dá o nome como compliance/gerenciamento/transparência, corrigindo-se rumos, cria-se um link para alimentar a presidência de informações de gestão, eficiência e eficácia sem contudo interferir na gestão da pasta criticada.
Não tenham dúvidas: dar caráter permanente a esta equipe com o devido tratamento legal proporcionaria menos chances de erros e maior efetividade na prestação do serviço público, afinal as equipes tem tudo mapeado e podem continuar auxiliando muito.
Mãos à obra porque é hora de trabalhar, manter o que deu certo, acrescentar o que pode melhorar, unir a nação e isso passa essencialmente pela economia e o social.
Poderia sugerir aqui mil opções, como economista, administrador, constitucionalista e gestor, mas estamos confiantes que essa maré de ondas de ‘Nazareth’ logo passe e se torne uma marola. Que possamos não perder o foco da produção em Mato Grosso, pois temos sobrevivido por estas bandas graças ao agro e empreendedores aguerridos da vida privada.
Particularmente, acredito que o Governo Lula será o melhor da história para o agronegócio e antes de tudo pensemos nas gerações futuras economicamente sustentáveis, até porque não há espaço para erros já cometidos.
Profusão de esperança!
Éder Moraes é suplente deputado estadual.
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