As conversas sobre politica no estado estão no auge em todos os lugares. Ilações, paralelos com outros momentos, se a eleição para governador será decidida no primeiro turno, o que está acontecendo na disputa para o Senado, quantos deputados estaduais serão reeleitos e por aí vai.
A eleição para governador é um dos focos naturalmente. De maneira geral o candidato eleito a governador tem votação robusta sobre o segundo colocado no estado. Dados da Justiça Eleitoral, desde 1982, na volta da eleição direta para governador, mostra isso.
Júlio Campos ganhou do padre Pombo por 51% a 48%. Na próxima, em 1986, Carlos Bezerra teve 65% contra 29% de Frederico Campos. Em 1990, Jaime Campos emplacou 67% contra 14% de Agripino Bonilha.
Na eleição seguinte, Dante de Oliveira ganhou do Osvaldo Sobrinho com 71% x 26%. Em 1998, um pouco mais apertado, mas com votação de primeiro turno, Dante bate Júlio Campos por 51% a 38%. Em 2002 Blairo Maggi com 51% e Antero de Barros 30%. Blairo foi reeleito em 2006 com 65% versus 20% do Antero.
Silval Barbosa, em 2010, teve 51% contra 32% do Mauro Mendes. Pedro Taques atingiu 57% dos votos em 2014 e Lúdio Cabra 32%. Na última eleição, Mauro Mendes teve 58%, Wellington Fagundes 19,56% e Pedro Taques 19%.
A mais acirrada de todas foi a de 1982. As outras, nas disputas testa a testa entre os dois nomes mais fortes, tem uma diferença acentuada entre os candidatos. Agora, nesta eleição, com quatros nomes na disputa para o governo, a maioria das opiniões acredita que a eleição deve ser definida no primeiro turno e, em praticamente todas as conversas, o favorito seria o atual governador. O percentual dessa diferença sobre o segundo colocado é que faz parte das conversas sobre o assunto.
No converseiro havia uma concordância de que deveria ter uma eleição mais acirrada para o Senado do que para o governo. Daqui a pouco Natacha Slhessarenko retira sua candidatura. Agora se tem o caso do Neri Geller no TSE. Mesmo que entre com ação na justiça já concorre com um atrapalho enorme na busca do voto.
Goleiro e político tem que ter sorte, parece ser o caso do Wellington nesta eleição. A campanha do Lula perde um apoio importante no setor do agro. A esquerda no estado fica sem um nome próprio para o governo e para o senado?
Comentários diferentes existem também sobre a eleição para Deputado Federal no MDB. Disputam duas vagas, Carlos Bezerra, Juarez Costa, Emanuelzinho e Valtenir Pereira. Aceita-se que foi um equívoco do Bezerra permitir a ida do Emanuelzinho para o partido. Pode tomar a vaga dele.
Juarez Costa deve ser o mais votado e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, vai jogar todas as fichas no filho. E ainda tem a ajuda indireta da candidatura da mãe ao governo. Se o Bezerra perde o Emanuel pode tomar conta do partido. A ida do Emanuelzinho para o MDB foi montada com essa intenção?
Alfredo da Mota Menezes é professor, escritor e analista político.
E-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com
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