“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” – Simone de Beauvoir
Não podemos esquecer que mais do que presentes e felicitações neste dia da Mulher, queremos respeito.
Respeito pelas centenas de operárias que em 1857, morreram queimadas reivindicando a redução da jornada de trabalho e o direito a licença-maternidade, pois, o Dia da Mulher não foi instituído por sermos frágeis, amáveis, delicadas ou submissas a quem quer seja. O dia da Mulher foi internacionalmente reconhecido no início do século XX e oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, para lembrar nossas conquistas políticas e sociais.
Há tempos idealizamos e sonhamos com a evolução das relações pessoais, profissionais, afetivas e familiares, contudo, ainda sofremos muito preconceito e muita violência física e psicológica, além claro da imensa falta de respeito com o que vestimos, comemos, falamos, usamos, temos e somos.
Após mais de um século reivindicando ainda temos muitos paradigmas a serem quebrados. O dia da Mulher é para ser celebrado como um dia de consciência política, com igualdade de gênero, de trabalho, de direitos, voltados a perspectiva de eliminação do assédio moral e psíquico.
Que todas as mulheres, independentemente das escolhas que fizeram para suas vidas, não se esqueçam que o Dia Internacional da Mulher representa a nossa força, a nossa luta, a nossa resistência, pela liberdade de sermos, termos e escolhermos o que quisermos, sem sermos humilhadas, submissas e inferiores.
Feliz dia das Mulheres, que são livres!
Dra. Camila Ramos Coelho Mayer é Advogada, Especialista em Direito Público e Sindical.
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