Há pelo menos 40 anos que venho afirmando que o Brasil só tem dois problemas: competência e moralidade e sempre que toco neste assunto lembro-me do Livro do Êxodo, na Bíblia, que conta a história da libertação do povo judeu do Egito e que Deus teria ordenado que andassem por quarenta anos até alcançarem a terra prometida.
Os estudiosos afirmam que não teria sido quarenta anos e sim quatro gerações de modo a que só entrassem na terra prometida aqueles que foram forjados na vicissitude do deserto e não aqueles que sobreviveram a escravidão, portanto desprovidos de vontade e viverem manietados, bem como seus descendentes imediatos que seriam criados dentro da mesma cultura escravagista.
Assim entendo que a moralidade de nosso povo só será alterada para a vivência da ética e da honestidade se, começando nesta geração, com a aplicação da legislação, na qual o Brasil é pródigo, a todos aqueles que delinquirem, afastando de vez a impunidade e, mais do que isso, a necessária rapidez na aplicação das penas, pois, segundo Rui Barbosa “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada”.
A par do combate à impunidade, deve-se otimizar o sistema educacional, com base na meritocracia, iniciando pela correta formação do corpo docente, considerando os avanços tecnológicos e a alta conectividade de nossos jovens.
Não avançaremos no processo educacional utilizando as velhas práticas da “transferência” do conhecimento por meio de aulas expositivas, com conteúdo altamente defasado da realidade, seja local, nacional ou internacional, razão, em grande parte, da altíssima evasão escolar.
Faz-se necessário uma profunda mudança nos cursos de pedagogia, para ensinar aos futuros professores que a utilização de meios eletrônicos por si só não melhora a qualidade do ensino já que nada substitui a interação entre um bom professor, provido de conhecimentos amplos e práticos sobre a matéria, e seus alunos.
A utilização dos acontecimentos do dia a dia, previamente discutidos e analisados por todos os professores que constituem o corpo docente de uma unidade escolar, de modo a aproveitarem os problemas do dia a dia no desenvolvimento do conhecimento integrado, pode ser a perfeita integração entre todas as cadeiras que compõem a grade curricular e transformar o ensino/aprendizado em algo lúdico e prazeroso, além de eficaz, eficiente e efetivo.
Jorge dos Santos é Administrador
Helena Galvão disse:
07 de JunhoMto bem compadre quem te conhece sabe das suas conviccões.