Alfredo da Mota Menezes
A classe politica no estado tem dito que só fala em eleição depois do Carnaval. Não é verdade, ela fala sobre isso dia e noite. Também quem não é candidato se envolve sobre o assunto. O que tem de ilação não está escrito no gibi. Começar por onde? Ah, já sei.
O agronegócio no estado tem poder politico e econômico e o nome mais forte do setor é Blairo Maggi. Esse setor tem ganho muito dinheiro e a perspectiva nacional e mundial é para continuar ganhando por muito tempo ainda. Não se teve até agora nenhum governo que levantasse qualquer ato hostil ao agro no estado. Não querem trepidação política para não atrapalhar os negócios e os ganhos.
Digamos, hipoteticamente, que o setor, liderado pelo Blairo, resolva lançar um nome para disputar com o Taques. Digamos que o atual governador tope ir para a reeleição. Poderia, no embate, levantar a bandeira de taxar o agro para tirar mais dinheiro para a saúde. Ganharia a opinião pública. Em tese, um perigo para a outra candidatura.
Digamos que o Taques perca a eleição. Poderia criar um grupo de oposição no estado e abrir a caixa de ferramenta sobre o agro. E de alguém que foi governador e sabe por dentro como é que funciona a coisa toda.
Se criaria o que não se criou até hoje: uma oposição às andanças do agro e jogando isso para a opinião pública que, no geral, acredita que o setor ganha muito dinheiro com isenções fiscais e deveria colaborar mais com saúde e educação e não somente com estradas.
Numa entrevista a um site, o Blairo, que deve analisar rotineiramente isso tudo com seu grupo, entre as varias respostas e análises, deu uma que parece caminhar por essa ilação aí de cima. Falou que nas conversas, “depois do carnaval”, o grupo pode entender que o grau de dificuldade no governo seria o mesmo com o Taques ou com outro nome.
Daí que o grupo poderia entender que “a manutenção do governador, com sua reeleição, significaria mais chances de resolver (esses) problemas pela frente”. O agro e suas lideranças não querem hostilizar nada nem ninguém. Querem continuar a trabalhar e ganhar dinheiro frente a essa porteira aberta do mundo à comida produzida no estado.
Tem tanta ilação ainda. Só tocando em algumas. Como vai ser solucionado o caso do PSDB com duas candidaturas majoritárias, Taques ao governo e Leitão ao Senado? Como ficam as coisas no DEM com a chegada do grupo que estava no PSB?
Chega assumindo a presidência do partido e, no caso, como fica a situação do Jaime? A majoritária ali é dele ou do Mauro?
Mauro deixa os negócios e peita uma candidatura ao governo ou ao Senado? Wellington é candidato ao governo ou vai para um Ministério? No PPS, se o Percival perde a presidência para um grupo chegante, qual seria seu comportamento? Dá para ficar fazendo ilações até sei lá onde.
Alfredo da Mota Menezes escreve nesta coluna semanalmente.


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Tentativa de roubo de gado: PM prende três homens em flagrante
Governo de Mato Grosso avisa que expediente será normal na 6ª feira
Operação da PF desmantela tráfico de drogas em Mato Grosso
PM confirma prisão de mulher acusada de matar o marido
Em MT: Gaeco integra operação que derruba núcleo do PCC
Sonegação fiscal na mira: Operação integrada bloqueia R$ 35 mi
AL: CCJR reduz limite de remanejamento do Estado de 20% para 5%
Governador promete acionar Justiça contra ampliação de terras indígenas
TJ manda indenizar consumidor que perdeu número de celular
Antropofagia e marcas: a arte de devorar cultura para criar identidade