Da redação - Foco Cidade
O Hospital Adauto Botelho em Cuiabá e os Hospitais Regionais de Colíder e Sorriso ameaçam paralisar as cirurgias eletivas por falta de fornecimento de rouparia esterilizada e outros enxovais para unidades de atendimento. Os funcionários da empresa prestadora dos serviços de esterilização do vestuário dos profissionais da saúde e de rouparia para a unidade hospitalar vão parar por causa do atraso do pagamento dos salários, ocorrido pelo atraso do repasse do Estado.
O Governo do Estado anunciou na quarta-feira (18) que vai regularizar os pagamentos referentes apenas ao Hospital de Sorriso, mas a data ainda não está definida. Em Colíder o atendimento está em 30%.
Só em Cuiabá, o hospital de referência para Saúde Mental, Adauto Botelho possui 120 leitos. Os pacientes realizam três trocas de enxoval por dia, pois muitos têm problemas com incontinência urinária e intestinal. O hospital anunciou paralisação parcial a partir desta quinta-feira (19).
O Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan) aponta que, em dezembro, o Estado autorizou pagamentos de serviços na área da saúde para vários prestadores, somando quantia acima de R$ 155 milhões, porém não houve repasse à Grifort.
De acordo com a diretora de contratos da empresa, Mônica Chiamente, a relação de pagamentos em aberto pelo Estado, desde 2012, é de R$ 1.534.595,59. “Os repasses não têm ocorrido regularmente e nem integralmente. Isso tem prejudicado os pagamentos de funcionários e terceirizados que atuam nas lavanderias dos hospitais”, afirmou.
Em documento repassado à Secretaria de Estado de Saúde, a empresa alega ainda que “por morosidade, ineficiência e decisão da Secretaria de Estado de Saúde o processo de negociação para a prorrogação do contrato não foi concluído. Apesar disso, a empresa foi solicitada a continuar prestando os serviços mesmo sem contrato, dando ensejo à situação irregular de contrato verbal com a administração estadual”.
A falta de enxoval, ou seja, paramentação médica, troca de toalhas e roupas do paciente e equipes oferece graves riscos à população, seja com o cancelamento de cirurgias ou diminuição da troca de enxovais daqueles que já estão internados, elevando riscos de contaminação.
Esta é a segunda vez que a empresa corre risco de fechar a unidade na capital em menos de seis meses em consequência dos atrasos de quitação de débitos do Estado. A empresa alega ainda que há indícios de que o Estado não cumpre ordem cronológica de pagamento, em descumprimento com a Lei número 8.666/1993, instituído nas normas para licitações e contratos da Administração Pública. (Com assessoria)
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