O editorial “Fome e desperdício de comida” do jornal A Gazeta, publicado no dia 18/08/2022, nos faz refletir muito sobre como contribuir para solucionar, em parte, os dois problemas citados: a fome e o desperdício de alimentos.
É fato que no Brasil, assim como em outros locais no Mundo, toneladas de alimentos são desperdiçadas. Infelizmente, segundo o editorial, metade das frutas e legumes produzidos são descartados. Por outro lado, há milhões de pessoas passando fome por não terem acesso a pelo menos uma das três principais refeições diárias. O que se refere da porteira da fazenda para fora é uma questão que envolve logística e qualidade de transporte, que trataremos em outro momento.
Em Cuiabá, no Mercado Antônio Moisés Nadaf, conhecido como Mercado do Porto, são comercializados diversos alimentos, como carnes, peixes, frutas e legumes. É sabido que boa parte destes são descartados nos depósitos de lixo e que muitas pessoas necessitadas os reviram para reaproveitar os restos de alimentos.
Então, o que pode ser feito para auxiliar no combate ao desperdício e a fome?
Uma proposta é que o governo local reforme e amplie o mercado criando um espaço para a coleta dos produtos que seriam descartados pelos comerciantes. Este espaço destinar-se-ia à realização de inspeção sanitária, higienização, processamento e posterior distribuição destes alimentos.
Uma das opções é a implantação de uma cozinha industrial para preparar marmitas de qualidade e entregá-las prontas para a população que necessita. A distribuição poderia ser feita no próprio local e o excedente ser entregue pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, que já teria o cadastro das pessoas que necessitam.
Semelhante proposta também poderia ser adotada pelas demais cidades de Mato Grosso, uma vez que seriam resolvidos, ao menos parcialmente, ambos os problemas.
A fome não espera. Todos temos pressa em saciá-la e obrigação de ajudar.
Paulo Sérgio de Campos Borges, Administrador, Arquiteto e Urbanista.
Jadson de Oliveira Barros, Administrador.
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