Aifa Naomi
Há 70 anos, sempre na terceira quinta-feira de outubro, cooperativas de crédito no mundo inteiro voltam seus pensamentos para as próprias histórias e refletem sobre os ideais que forneceram as bases para suas criações. É uma forma de celebrar um movimento que, desde então, só vem crescendo e hoje pode ser considerado uma das maiores forças econômicas do planeta.
Essa força é baseada na união de intenções e esforços. Isso fica evidente no tema do Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC) escolhido para este ano: “Encontre Prosperidade em uma cooperativa de crédito”. Parte da ideia de que a prosperidade é mais facilmente conquistada quando somos guiados pela convergência de ideais e de interesses, pela solidariedade e pela ajuda mútua.
Esse mesmo pensamento é compartilhado hoje por mais de 235 milhões de pessoas que formam a nação cooperativista financeira mundial. Todas usufruem de serviços bancários que impulsionam a realização de sonhos profissionais e pessoais oferecidos por nada menos que 68 mil cooperativas de crédito espalhadas por 109 países. O que representa mais da metade dos países membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
É um movimento em franco crescimento também no Brasil. Somente o Sicoob conta hoje com mais de 4,2 milhões de cooperados e cerca de 460 singulares, sendo considerado a quinta maior rede de atendimento do país. Aqui, no âmbito da Central MT/MS, o cooperativismo de crédito está em franca expansão, com um crescimento em estrutura e associados de cerca de 30% no último ano. Atualmente somos um universo de mais de 42 mil cooperados.
São números bastante significativos, mas queremos mais. Nossa intenção é ocupar os 141 municípios de Mato Grosso e os 79 de Mato Grosso do Sul. Está no cerne do espírito cooperativista levar acesso ao crédito aos que mais precisam, por isso há uma preocupação especial em expandir-se para o interior dos dois estados. Há muitas cidades fora dos grandes centros que precisam de opções de instituição financeira, seja para fomentar agricultura familiar ou as pequenas empresas, que geralmente não encontram voz nos grandes bancos.
Nesse sentido, temos como grandes aliados as entidades que representam esses grupos, como Associações Comerciais, Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs), Sindicatos Rurais e sociedades organizadas como Rotary, Lions. O objetivo da proximidade com estas instituições é entender melhor a necessidade de cada região ou cidade e assim buscar as melhores soluções.
E é muito bom ver que temos sido muito mais demandados do que ofertamos. Quer dizer que cada vez mais pessoas estão passando a identificar no cooperativismo financeiro a melhor alternativa para crescer, se tornar competitivo e fomentar a economia local. Elas querem, no fim das contas, encontrar prosperidade, para si e para os que as cercam.
Aifa Naomi é presidente do Sicoob Central MT/MS
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