Da Redação - FocoCidade
Considerando as intempéries da gestão pública de Mato Grosso, com insatisfações que passam da administrativa ao campo político, principalmente no contexto do próprio PSDB, a chance de o governador tucano Pedro Taques ser reeleito, em eventual segundo turno, é real "embora pequena".
A interpretação é do analista político Lourembergue Alves, que assinala nesse viés a desorganização da oposição, enfraquecida e sem nomes.
“A meu juízo o governador tem sim chances. Ele não terá as mesmas facilidades que teve em 2014. Suas chances hoje se devem a dois fatores. A primeira delas é a desorganização e desarticulação da oposição. A oposição, nos últimos três anos, foi incapaz de ocupar seu espaço, até em razão da derrota de 2014 e da situação criada pelo governo Silval Barbosa, e ela não conseguiu construir uma candidatura”, considera.
Busca fora das fileiras
“Tanto é verdade que o PMDB está em busca de alguém fora de suas fileiras. Ensaiou com o conselheiro Antônio Joaquim, mas logo desistiu-se dele em razão da própria situação delicada do conselheiro. Agora, os peemedebistas defendem a aliança com o PT, PDT e PR, com a possibilidade da candidatura do Ságuas.”
Descontentamento na base aliada
“O segundo fator é a condição de ter a chave do cofre e a caneta. Contudo, não se pode perder de vista os sinais de descontentes na chamada base aliada. Primeiro foi o PTB que ameaçava sair da base, até motivado pela filiação do conselheiro. Motivação logo desaparecida, pois a condição do conselheiro não é fácil. O partido então retornou à base, e com real interesse em apoiar o Pedro Taques.”
Crise no PSDB
“Pedro Taques que não soube manter unidos os 13 partidos que lhe deu suporte na eleição de 2014. Além disso, foi incompetente nas questões internas do PSDB, que se vê dividido em dois grupos: o liderado pelo Nilson Leitão (que força a sua candidatura ao Senado ) e o grupo que apoia o governador. O grupo de tucanos a favor do Pedro Taques não possui cargos na agremiação. Assim, o PSDB pode sair dessa discussão bastante enfraquecido.”
Desgastes
“O governador também enfrenta os desgastes de seu governo. Desgastes que possibilitam integrantes da base em sonhar com a candidatura ao governo. É o caso do DEM, com a possibilidade da filiação dos rebeldes do PSB. Fala-se no Mauro Mendes e até no Jayme Campos. Diante disso, a disputa deste ano será decidida em segundo turno. Mas a chance do governador é real, embora pequena.”
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