Onofre Ribeiro
Penso que escrever sobre a divisão de Mato Grosso demandaria mesmo um livro. Mas ninguém leria porque a leitura está sendo banida das nossas salas de aula e da vida da maioria das pessoas. Muito esforço, muitas expectativas e o lamentável resultado. Um amigo queixou-me outro dia. Escreveu um livro importante que passou despercebido. Perguntou a outro amigo se havia lido. A resposta foi cruel: “você escreveu um livro?”. Deu um livro de presente a tal pessoa e mais tarde caiu na besteira de perguntar se havia lido: “não tive tempo, mas prometo que hora dessas...”. Ou seja: nunca lerá!!!
Feito o desabafo deixo a certeza de que não escreverei nada sobre a divisão de Mato Grosso, além de artigos vez por outra. Aliás, não escreverei livro sobre toda essa história ao longo do tempo. Em 1961 cheguei ainda adolescente a Brasília pra estudar. Lá vi a cidade se estruturar. Estudei na Universidade de Brasília, um sonho profético de se criar uma nova civilização brasileira a partir do centro pro litoral no futuro. Aliás, esse futuro já está acontecendo 57 anos depois de Brasília como capital do país
Também não escreverei livros sobre isso, apesar de ter uma documentação vastíssima. Penso que nesses anos de carreira jornalística que ainda preservo, vá ver a consolidação de tantos fatos iniciados ao longo desses 57 anos de Brasília e dos 41 em que vivo em Mato Grosso. De fato aqui nasceu uma nova civilização humana, cultural, social, econômica, política e espiritual.
Imagino que mais hora menos hora surgirá um meio de falar disso por outras plataformas de comunicação que não seja a do livro impresso. Aí, quem sabe...!
Voltando ao último artigo desta série de quatro. Sempre ouço a pergunta insistente: foi bom ter dividido Mato Grosso? Encerro o artigo e a série com uma resposta objetiva: ainda bem que dividiu. Senão, nós aqui do Norte, teríamos nos tornado satélite do Sul de Mato Grosso e seguramente hoje a capital do velho Estado seria Campo Grande.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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