• Cuiabá, 17 de Abril - 00:00:00

Diretores de hospitais filantrópicos se reúnem com ministro da Saúde


Da Redação - FocoCidade

Diante da crise na Saúde, serviços e atendimentos paralisados, diretores de hospitais filantrópicos e universitários de Mato Grosso se reúnem, em Brasília, na próxima quarta-feira (16), com o ministro da Saúde, Marcelo Barros.

Quatro hospitais paralisaram atendimento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), alegando falta de repasse por parte do Governo estadual. Os atrasos, segundo a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (FEHOS), superam os R$ 10 milhões.

A Secretaria de Estado de Saúde pontuou, por meio de nota no dia 8 deste mês, que "o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), apoia financeiramente as prefeituras de Cuiabá e de Rondonópolis com repasses financeiros, que são usados pelas secretarias municipais de Saúde para o custeio de serviços médicos, incluindo aqueles contratados junto aos hospitais filantrópicos. Portanto, com os hospitais filantrópicos não existe diretamente nenhum contrato e nenhuma dívida como foi divulgado."

A SES destacou que "no final de 2016, diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelos hospitais filantrópicos, o governador Pedro Taques autorizou um repasse emergencial para os hospitais durante três meses. Conforme portaria assinada foram repassados R$ 2,5 milhões nos meses de dezembro de 2016, em janeiro e fevereiro de 2017, totalizando um repasse de R$ 7,5 milhões. O valor mensal era para ser dividido entre a Santa Casa de Rondonópolis, e mais os hospitais de Cuiabá: Santa Casa, Santa Helena, HGU e Hospital do Câncer. Entretanto, a intenção dos representantes filantrópicos é que o governo do Estado continuasse com a ajuda financeira pelos meses seguintes."

Na nota, a SES assinalou que "no dia 18 de julho dirigentes dos hospitais filantrópicos se reuniram com o governador Pedro Taques e representantes da SES para falar sobre as dívidas dos hospitais. Na reunião, foi explicado que, sem dinheiro novo, o Estado não tinha condições de continuar com o auxílio financeiro, diante da crise econômica e da escassez de recursos".

Brasília

A audiência com o ministro da Saúde foi intermediada pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), a pedido dos dirigentes hospitalares. “Eles querem uma solução e vamos trabalhar nesse sentido, já que o Governo parece não estar disposto a um entendimento” – frisou o senador. Do encontro também vão participar os demais integrantes da bancada federal e o suplente José Augusto Curvo, “Tampinha”, que também é médico.

Crítico  da situação, Wellington Fagundes relatou ao Ministério da Saúde o difícil quadro da saúde no Estado. Ele explicou que, atualmente, cerca de 5 mil pessoas deixaram de ter atendimento com a paralisação em quatro centros de saúde: o Hospital Geral Universitário, a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital Santa Helena de Cuiabá, além da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis. As quatro unidades juntas atendem por mês mais de 30 mil pacientes, uma média de mil por dia.

O senador disse que é preocupante o fato de que profissionais já começam a abandonar seus postos de trabalhos por causa da falta de pagamento. A queixa é de que estão recebendo salários de dois em dois meses. Muitos desses profissionais, segundo relatos da FEHOS, são contratados por dedicação exclusiva.

Wellington explicou ainda ao Ministério que o Governo do Estado afirma não existir qualquer dívida com os hospitais filantrópicos. "Alega que fazia ajuda emergencial por causa da crise dos hospitais e que, devido à inviabilidade orçamentária, o Estado não deve repassar mais estes valores. O governador Pedro Taques chegou a dizer que a possibilidade de ajuda só ocorrerá com a melhoria do caixa do Estado mais para frente”.

Para Wellington, no entanto, a questão é de gestão. “Administrar é eleger prioridades, e a vida das pessoas, eu acredito, é a maior delas. É a sensibilidade que qualquer administrador precisa ter” – disse o senador republicano. (Com assessoria)




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