• Cuiabá, 29 de Março - 00:00:00

A confiança no voto

Voto é por simpatia ou coração. Não tem voto de gratidão. O voto é dado, então tem que ser pedido. Podemos usar o passado como ferramentas para o presente e mudar o futuro. Existe hoje uma crise mudancista, o passado pode ser uma grande estratégia de discurso.

O eleitor vota levando em conta a pesquisa, mesmo sendo um eleitor mais politizado, com acesso à informação. Isso pode ser salutar, principalmente na reta final do pleito. Avaliações de um governo aprovado com mais de 50% tem maior possibilidade de reeleição. Já com uma avaliação abaixo de 50% é mais difícil de ser reeleito. Isso representa uma fortíssima vontade de mudanças. É fato.

A identidade dos candidatos será avaliada pelos eleitores, se vai ser de continuidade ou de mudanças, e o nível de lembrança terá um maior apoio das mídias sociais. Daí a necessidade de um trabalho para melhorar a identidade digital na campanha.

Então, a primeira coisa que o candidato deve fazer nessas eleições é avaliar o atual governo. Se não for aprovado, os eleitores irão querer trocar por um nome que comprove que fará mudanças para a sociedade. O potencial do candidato passa pelo recall, por isso os partidos lançam as figuras carimbadas, que levam larga vantagem em relação à visibilidade e ao conhecimento do eleitor.

O currículo do candidato conta muito, tem que ser o lastro que comprove que o candidato está apto para fazer mudanças e governar, gerir e administrar. Popularidade e simpatia não se transferem, essa é a maior falácia. Não existe transferência de votos e não podemos confundir com a continuidade de um trabalho bom que foi construído.

Esses são fatores que formam a lógica do eleitor. Por isso, identifique o problema da região onde quer atuar e fortaleça com seu currículo de aprovação para sanar esse problema.

Tem maior chance aquele candidato que já possui serviços prestados e condições de proporcionar mudanças. Uma identidade forte dificilmente é abalada pelos opositores. Quem é mais lembrado sai sempre na frente.  

Trabalhar com quem você já conhece é uma ótima estratégia. As pessoas que já sabem a sua história têm mais facilidade na hora de conseguir apoio dos eleitores (votos). Uma dica: comece criando uma lista VIP e coloque essas pessoas para ajudar você a garantir votos.

Monte e mostre no seu plano de trabalho ou plano de governo que você tem competência para solucionar, os problemas do seu estado ou região. O candidato mais preparado é aquele que apresenta não só projetos, mas soluções.

Se você perdeu a credibilidade, só digo uma coisa: desista. Se dedique a outros trabalhos, menos a ser político. A falta de visibilidade ainda tem conserto, mas a credibilidade, esta não tem jeito. Hoje o eleitor acredita mais na experiência do que em promessas mirabolantes. Como assim? Aquelas que estão distantes da realidade. É preciso um discurso com formas segmentadas.  

Impactar os eleitores por meio de seus amigos é a bola da vez. Use-os para falar de você. Mais uma dica aí. Faça igual às mídias digitais, ela encaminha conteúdos para você…


Cláudio Cordeiro é Publicitário/Marqueteiro/Advogado - Publicista do Festival Internacional de Propaganda-ALAP - Diretor da Gonçalves Cordeiro - Membro da ABCOP/FENAPRO/SINAPRO-MT.



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