Tomo emprestado trecho de um artigo do amigo jornalista Kleber Lima, publicado no Diário de Cuiabá no dia 4 deste mês.
“Diz a lenda que num certo dia do ano passado o ex-prefeito Roberto França chamou um amigo seu amigo seu - pré-candidato a deputado estadual, mesmo cargo que França disputaria este ano - para convencê-lo de que as melhores chances para quem quer se eleger a um cargo proporcional em 2006 são para deputado federal, e não para estadual. No meio da conversa, bem ao seu estilo contundente, França teria dito ao interlocutor: “Tem um boqueirão para federal meu companheiro. Larga dessa sem-graçeira de estadual”.
O artigo do Kleber serve pros dias atuais quando fala-se tanto nas candidaturas dos cargos majoritários de governador e de senador nas eleições deste ano. No começo deste ano o clima era um. Hoje é outro. Havia só a possível candidatura do governador Pedro Taques e uma ameaça de possibilidade do ex-prefeito Mauro Mendes. De lá pra cá muita água rolou. Teve o crescimento do DEM com entrada de parlamentares saídos do PSB, entre eles Mauro Mendes. O partido começou a falar grosso e jogou na tela dois nomes: Jaime Campos e Mauro Mendes.
Mas há incertezas a respeito. O PR lançou a prospecção do senador Wellington Fagundes. Pedro Taques firmou o pé na sua candidatura. Apareceu Dilceu Rossato, pra dar palanque ao pré-candidato presidencial Jair Bolsonaro. Tem-se a eterna candidatura do Procurador Mauro.
A rigor, tem-se apenas a candidatura do governador Pedro Taques. Mesmo assim, ele luta contra a maré interna no PSDB que receia que ele não consiga viabilizar a sua candidatura.
A rigor, não existem ainda candidaturas ao governo de Mato Grosso em 2018. Aí entra o boqueirão de Roberto França. Na hipótese do governador não se viabilizar, não existem candidaturas postas em condições de ocupar a vaga. Os bastidores anunciam a pouca disposição dos dois nomes do DEM de encarar a disputa pelo governo. Se Pedro Taques não for, Wellington Fagundes teme por denúncias que pesam, sobre si. Então restaria o Procurador Mauro.
Traduzindo: nada de novo no cenário de 2018.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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