• Cuiabá, 28 de Março - 00:00:00

A turma de Cá, e a Turma de Lá!

Seja rápido!

Se você já definiu o que quer, se já organizou as ideias, definiu suas metas e suas estratégias, seja eficiente, seja certeiro, seja rápido em executar.

Conselho perfeito não é? Infelizmente a prática disso, nem sempre é tão simples, como essa teoria maravilhosa do parágrafo acima!

Definir as Metas. Planejar as Estratégias. Ir para a Execução.

Uma orientação que necessitaria da parceria perfeita, se não fossem os jogadores de Cá e os de Lá, que usam o mesmo uniforme, mas  muitas vezes não jogam no mesmo time!

Hoje eu vou abrir um ponto de observações, por meio de uma famosa cena (aquela em que a turma do “planejamento” toma a posição de juiz, e fica a dar seus “pitacos” sobre a turma da “execução”), que  costumo observar nas empresas, na qual vemos a divisão, e em alguns lugares, conflitos e  o desequilíbrio dessa organização. Essa turma de Cá, tem estratégias impressionantes, só que muitos só ficam com as ideias no papel.

São tantos planos que eles se acumulam nas planilhas de 5W2H (plano de ação), e as equipes ficam tão perdidas, a ponto de quando acordam, estão também como a turma do lado de Lá,  apagando incêndios.

Tem tantas ideias legais, mas também outras que nem sabemos o porquê e qual o objetivo de tantos detalhes, de tanta complicação.

E aí vem a turma do lado de Lá, a da execução, “a turma que faz”, a turma do:

“Pra quando?” Resposta: “Pra ontem!” A turma do senso de urgência.

Eles estão a fazer, fazer, fazer... muitos deles sem pensar no como, no todo, qual seria o melhor caminho?

Qual seria a melhor estratégia? Essa é aquela turma do famoso:

“Só se for agora!” “Vamos pra cima!” “Meu nome é pronto!”

“Prega o pau!”

Os que estão a trabalhar duro, pesado, e  ficam a dizer:

“Aquela turma do ar condicionado!” “Pensa demais!” “Não fazem nada!”

Assim, a turma da execução, tece suas críticas enquanto: Fazem, fazem, fazem!

Só que devido à sua inabilidade em planejar porque não tem tempo, porque estão com pressa, acabam por fazer parte da sua rotina, com frequência o:

“Ixi, então vai ter que fazer de novo!”

Isso porque se esqueceram de considerar que... não tinham pensado que... esqueceram de... ou seja, estão na urgência e com muito trabalho e retrabalho.

Perfis. São perfis comportamentais profissionais necessários em uma empresa. Fundamentais, se não fosse o grande obstáculo: A turma de Cá, e a Turma de Lá!

O grande limitador do time, isso mesmo, do time que tem a mesma cor de uniforme, que deveria jogar junto e, que se veem como adversários. E que, dentro da mesma empresa, competem entre si.

Aí, pobre empresa, se enfraquece e perde energia no foco errado, mutilando a si mesma, pois seu organismo é disfuncional, porque suas células estão disfuncionais.

Um câncer: A síndrome da superioridade!

Do eu sou melhor... Do ego que mata que engole a sua empresa, que engole e limita você!

O câncer emocional que habita dentro da gente, que se expressa nos times e limita qualquer negócio. Pois esse time, canibaliza, detona, acaba consigo mesmo, numa competição individual sem sentido, em prol do estrelismo individual de meia dúzia.

Mata um sistema sem nem perceber.

Como seria bom se pudéssemos colocar essa turma frente a frente, como seria bom se eles reconhecessem suas limitações e enxergassem suas forças no outro a sua frente, e tudo aquilo que falta em um, o outro complementaria.

Só que para isso, é preciso ter uma habilidade pouco reconhecida, trabalhada e ensinada aos times, e que seja aceita como uma competência fundamental de evolução e crescimento. Ela se chama: Humildade!

O problema se agrava, porque muitas vezes essa sensação de ser de uma “raça superior” começa com você gerente, você empresário, que se acha acima, como o grande guru da verdade absoluta, tratando todos os potenciais que tem a sua volta como “galinhas” por conta da sua visão distorcida de si, que distorce toda a realidade a sua volta.

 Assim, cada integrante desses dois times tem uma boa referência para se espelhar.

E ali começa a partida dos egos.

O grande campeonato interno, em prol do atraso, do andar para trás da empresa.

Essa postura do sou melhor, por isso sou gerente, por isso sou empresário, além de inspiração, gera também outro agravante, o agravante do chiqueiro das águias, seu maior ponto de reclamação: “Não tenho gente!”

“Meus funcionários não pensam!” “Limitados!”

O grande pensador é tão soberano, que nem percebe que na sua visão distorcida ao olhar suas galinhas, no meio delas existem grandes águias, ou seja, muitos talentos, ciscando... pequenos, limitados naquele pequeno terreno, devido à arrogância e soberania de seus líderes, que não abrem espaço a ninguém, além deles mesmos.

Diante deste contexto, convido aqui a cada um a assumir seu ponto de evolução.

A reconhecer sua limitação!

A reconhecer que precisamos do outro.

Como está sua empresa?

Como você gerência as pessoas da sua empresa?

Quem está em primeiro lugar?

A empresa? O cliente? Você? Ou seu ego?

A mudança começa em nós mesmos,

Frasezinha clichê? Mas de muita sabedoria.

Qual a sua responsabilidade naquilo que você se queixa? Já dizia Freud “Vamos começar as críticas? Que tal iniciar olhando para o seu próprio umbigo?”

 

Cynthia Lemos é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos. Email: cynthia@grandy.com.br



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